Eu sei... são apenas pessoas


                                                                                                                           
Já devo ter mencionado essa frase em um número muito maior de vezes do que de indivíduos que eu conheço pessoalmente: ‘São pessoas, apenas’. Esse termo, ao mesmo tempo simples e complexo em sua significância, não é capaz de carregar satisfatoriamente o que pode representar, pois o ser humano é muito mais e muito menos do que a figura de um indivíduo que a palavra pessoa remete instantaneamente.
Um ser repleto de sentimentos controversos que se atiram um contra o outro a depender da situação em que se encontre. Somos roletas russas munidas de material bélico, prontas a disparar quando necessário, e , frequentemente, atingimos vítimas inocentes com as nossas raivas, egoísmos, invejas e egocentrismo; porém, a mesma mão que atira, pode oferecer uma rosa perfumada e sedosa à quem ama ou quer agradar. A grande questão de tudo isso, é que, não sabemos ao certo quando receberemos flores ou tiros e essa expectativa criada em torno de um remetente é a causa das chamadas desilusões.
As pessoas são apenas pessoas. Não são deuses ou semideuses, puras, boas ou más completamente, elas não são perfeitas... é isso o que devemos ter em mente e não achar a todo instante que o próximo fará o mesmo que você; que pensará como você; que agirá como você, pois cada um de nós é único, nem que essa unidade seja do tamanho de um grão diante do universo infestado de corpos e mentes. Venho aprendendo, com um grande mestre, que o importante é olhar para nós, não de forma egoísta, mas de maneira a não julgar o próximo, ou seja, devo estar satisfeita com o meu proceder, de mente limpa e sã, sem equiparar meus feitos ao do outro e sem aguardar nada de ninguém...o que vier será lucro.
Fiquemos felizes quando recebermos o perfume contagioso das rosas do amor e amizade, mas que sejamos capazes de oferecê-las à alguém quando pedras vierem nos atingir, pois qual seria o mérito se apenas retribuíssemos o bem a quem nos faz bem? Até um criminoso ama a quem o dá valor.
 Bruna Lupp

Comentários

  1. Ótimo texto, querida!
    Beijões,
    Rosa

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  2. Show Bruninha, mais uma vez PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!!!Bjks da tia Ana

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  3. Lind;issimo, Bruna. Como vc! Bjs,
    Lilly

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  4. Oi, Bruna!

    Tô eu aqui cumprindo o prometido.

    Seu texto é bem fluente, fácil de ler. De fato tem mais a ver com crônica jornalística do que com crônica literária.

    Você também é ótima para observar os diversos aspectos ao redor do assunto que escolhe para escrever.

    O que eu acho que você precisa treinar é o ponto de vista de onde observa os aspectos. A sua lente geralmente está posicionada no senso comum, vendo o que a maioria das pessoas veem as coisas.

    É como se você estivesse entre aquele bando de fotógrafos que clicam um pronunciamento importante, quando o bacana seria você estar atrás do entrevistado, clicando que ele cruza os dedos pelas costas e torce escondido para que o que está dizendo realmente aconteça.

    Mas essa história de ver as coisas pelo senso comum pode ser superada se você ler bastante bons cronistas (como João do Rio, Rubens Braga, Paulo Francis, Carlos Heitor Cony e, sobretudo, o outro Carlos, o Drummond de Andrade).

    Tenho certeza de que, se você insistir nesse caminho, vai acabar fazendo um trajeto profissional por aí.

    Escrevo demais, né não?

    Vamos nos comentando...

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